quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Projeto Cem Anos de Solidão

'Nos dias subsequentes ocupou-se em destruir todas as marcas de sua passagem pelo mundo. Reduziu a oficina de ourivesaria até deixar apenas os objetos impessoais, deu as suas roupas as ordenanças e enterrou as suas armas no quintal com o mesmo sentido de penitência com que o seu pai havia enterrado a lança que dera morte a Prudêncio Aguilar. Conservou somente uma pistola, e com uma bala apenas. Úrsula não interveio. A única vez que se meteu foi quando ele estava se preparando para destruir o retrato de Remédios que se conservava na sala, iluminado por uma lâmpada eterna. “Esse retrato deixou de pertencer a você a muito tempo”, disse a ele, “É uma relíquia da família.” Na véspera do armistício quando já não havia em casa um só objeto que permitisse recordá-lo, levou à padaria da casa o baú com os versos, no momento em que Santa Sofia de la Piedad se preparava para acender o forno. – Acenda com isto – disse a ela, entregando-lhe o primeiro rolo de papéis amarelados – Arde melhor, porque são coisas muito antigas. Santa Sofia de la Piedad, a silenciosa, a condescende, a que nunca contraria nem os próprios filhos, teve a impressão de que aquele era um ato proibido. – São papéis importantes – disse. Nada disso – disse o coronel.  São coisas que uma pessoa escreve para si mesma. – Então – ela disse – queime o senhor mesmo, coronel.'

-CEM ANOS DE SOLIDÃO - GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ


- Sobre uma escolha em brecar a produção do projeto das ilustrações de Cem Anos de Solidão para uma nova organização ao tema, a visita novamente ao texto fonte priorizando se adequar em uma seleção já estabelecida do qual seria tratado como proposta ao inicio do projeto como cem ilustrações acerca de Cem anos de solidão. Tamanha espera para maior labuta em um desejo iminente de preservar tamanho sentimento em uma obra que carrego sempre em minhas parafernálias de leitor matuto. Para aqueles do qual poderem sempre preservar o conhecimento e compartilhamento da obra e ao projeto para novos conhecedores , tamanha gratidão .
B.A

Portfólio com Projeto Cem Anos de Solidão: 
https://www.behance.net/gallery/30285611/Projeto-Cem-Anos-de-Solidao

Cem Anos de Solidão



'Nos dias subsequentes ocupou-se em destruir todas as marcas de sua passagem pelo mundo. Reduziu a oficina de ourivesaria até deixar apenas os objetos impessoais, deu as suas roupas as ordenanças e enterrou as suas armas no quintal com o mesmo sentido de penitência com que o seu pai havia enterrado a lança que dera morte a Prudêncio Aguilar. Conservou somente uma pistola, e com uma bala apenas. Úrsula não interveio. A única vez que se meteu foi quando ele estava se preparando para destruir o retrato de Remédios que se conservava na sala, iluminado por uma lâmpada eterna. “Esse retrato deixou de pertencer a você a muito tempo”, disse a ele, “É uma relíquia da família.” Na véspera do armistício quando já não havia em casa um só objeto que permitisse recordá-lo, levou à padaria da casa o baú com os versos, no momento em que Santa Sofia de la Piedad se preparava para acender o forno. – Acenda com isto – disse a ela, entregando-lhe o primeiro rolo de papéis amarelados – Arde melhor, porque são coisas muito antigas. Santa Sofia de la Piedad, a silenciosa, a condescende, a que nunca contraria nem os próprios filhos, teve a impressão de que aquele era um ato proibido. – São papéis importantes – disse. Nada disso – disse o coronel.  São coisas que uma pessoa escreve para si mesma. – Então – ela disse – queime o senhor mesmo, coronel.'

CEM ANOS DE SOLIDÃO- GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ

domingo, 5 de novembro de 2017

Colagens

Trechos escritos; Poema Sujo de Ferreira Gullar.

Entre uma distinta escolha sobre atípicas e curiosas imagens dada a colagem, seletiva incrementação a poesia de Gullar, talvez entre uma sujeita ironia ou complemento ao processo do descaso ?

-Bruno.Alves

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Cinéfilo-Mania (37)


O filme da vez, Elle obra de 2016 de origem franco-belga com direção de Paul Verhoeven e escrito por David Birke, filme baseado no atípico romance 'OH...' do escritor de origem francesa Philippe Djian.
Michèle poderosa executiva, repentinamente em sua moradia é brutalmente estuprada, não tendo consciência da identificação do criminoso, Michèle tende a curiosa e estranha reação de não enunciar o caso a policia, o que parecia provir de um prosseguimento normal dada sua rotina cotidiana, transforma-se em um jogo violador tomado por consequências perigosas.
Paul Verhoeven atribui em sua obra abordagem frenética, repleta de reflexões dada aos casos e fatos apresentados a trama, retomado em sua obra sentimentos e concepções de análise estreita ao cinema, o diretor abrange discussões em uma extensa camada de critica e reflexão dada não somente um filme qualitativo como obra de entretenimento, mas um adendo extenso e provocante retomado aos valores propagados a cada ouvinte no cinema.
Filme recheado de sentimento ambíguo, surpreendente, provocativo, lascivo, o filme carrega um intenso sentimento de amor e ódio que propagam as excelentes atuações dada a sua trama imperdível.

-Bruno.Alves

Portfólio Cinéfilo-Mania(Behance):

https://www.behance.net/gallery/38469925/Cinfilo-Mania

Trailer do filme:

https://www.youtube.com/watch?v=MWID2Jv5w_s